Conto de Mistério - Ana Clara

 Nem sempre um "desculpa" é verdadeiro


13 de Agosto de 2.030

 Querido Diário,

Hoje faz um ano que minha mãe faleceu por um vírus desconhecido. Tenho investigado esse vírus há anos, sou virologista, mas ainda não tive nenhum sucesso, meu pai também faleceu no mesmo dia que minha mãe infelizmente.

Meu pai era investigador e desde pequena me levava junto com ele então conheço muito bem armas e sou ótima em desvendar mistérios de assassinatos.

Desde que meus pais morreram ando investigando e tenho três suspeitos:

O primeiro marido da minha mãe Carlos - que trabalhava como virologista.

Minha meia-irmã, Sthefany que odiava meu pai e poderia ter matado minha mãe para ela não contar nada a ninguém e como era filha do Carlos o primeiro marido da minha mãe poderia ter aprendido a mexer com Vírus.

E minha avó paterna Tereza que odiava meu pai porque casou com minha mãe que era filha da maior inimiga dela. Além disso, minha avó também não tinha um bom histórico por ser uma líder de uma das maiores gangues de Mogi das Cruzes.

Jéssica.

 30 de Agosto de 2.030

Querido Diário,

Comecei a investigar os suspeitos começando pelo Carlos. Hoje fui até a casa dele de carro, que tomei o cuidado de estacionar duas ruas abaixo.

Ele agora trabalha como mecânico ele fica bastante tempo fora. Consegui invadir a casa sem deixar nenhum rastro.

Vi sobre a mesa do escritório dele uma pequena foto daquelas antigas, quando peguei a foto e olhei algo de estranho aconteceu fui parar no momento daquela foto: a visão me levou para aquele exato momento do passado: e vi o Carlos com minha mãe perto de uma lanchonete. Uma visão tão vívida e real que parecia que poderia tocá-los. Comecei a acreditar que realmente fosse ele o culpado porque há mais ou menos trezentos metros dali era a nossa antiga casa.

Esse momento nebuloso dissipou-se e voltei para o momento que estava na casa dele quando ouvi um barulho na porta.

Escondi-me debaixo da cama. Quando ele entrou estava falando no telefone acho que com algum advogado, ouvi trechos da conversa em que ele dizia que não poderia falar que o real motivo da morte dos pais foi “ela”.

Lembrei-me da minha meia-irmã Sthefany e que no dia da morte dos meus pais ela foi visitá-los.

Quando ele foi tomar banho eu pulei da janela e fui embora.

Aquela visão ainda me perturba, serão meus pais querendo me levar ao caminho do verdadeiro assassino?

                                                       Jéssica.

6 de Setembro de 2.030

Querido Diário,

Hoje fui até o apartamento de Sthefany, que está em uma turnê musical fora da cidade. Encontrei seu diário dela comecei a ler.

Em uma das páginas ela estava falando que realmente não sabia o porquê do pai dela tinha escolhido manter em segredo sobre a real assassina. 

Descrevia também sua prisão, os horrores e o medo que passou, mesmo sabendo-se inocente. Aliás, a falta de provas de seu envolvimento tinha garantido sua soltura, mas ainda continuava suspeita de um crime que não cometeu.

Mas se não foi ela, nem meu padrasto só restava uma suspeita agora.

Antes de sair derrubei uma pequena sineta e aquele som novamente me arrastou ao passado: vi nitidamente uma grande discussão entre meus pais e Sthefany o que causou sua saída de casa. Quando virei para trás olhei para o rosto de minha avó com um sorriso amargo e cheio de rancor, aquela era sua neta preferida…

Jéssica.

9 de Setembro de 2.030

Querido Diário,

As visões estão ficando cada vez mais fortes, ás vezes penso que estou enlouquecendo, mas em outras tenho a sensação de que meus falecidos pais querem me dizer alguma coisa. Algo que revele o verdadeiro culpado.

                                                          Jéssica.

11 de Setembro de 2.030

Querido Diário,

Hoje dei inicio a parte mais difícil de minhas investigações. Minha avó. Ela sempre fica em casa, então resolvi falar com umas pessoas da gangue dela. Um dos braços direitos dela é meu grande amigo Rafael.

No começo ele me disse para esquecer a história, que talvez eu me machuque mais com a verdade, mas diante de minha insistência, garantiu que minha avó era realmente muito cruel, mas incapaz de cometer um ato desses com seu único filho.

Cada vez que me aproximo de meus suspeitos iniciais, parece que mais distante fico da verdade, um a um provam mais sua inocência do que sua culpa.

Continuo tendo lapsos de visões e isso me enlouquece cada vez mais, preciso descobrir a verdade, custe o que custar.

Jéssica.

15 de Setembro de 2.030

Querido Diário,

Consegui entrar na casa de minha avó, não sei porque demorei tanto, afinal sou sua neta e é normal uma neta visitar sua avó.

Encontrei no velho carro uma foto e de novo fui parar naquele momento da foto era de um almoço na casa da minha avó no dia do assassinato.

Lembrei-me de uma briga muito grande com eles porque eles não me deixaram ir a uma festa.

Todos nós fomos para casa, minha irmã Sthefany veio visita-los, e já era tarde quando o pai dela Carlos veio busca-la.

Todos os suspeitos tiveram contato com meus pais naquele dia!

A noite quando todos tinham ido embora, e eu estava fazendo um trabalho da faculdade onde nós teríamos que inventar um vírus, não que matasse alguém, mas que cura-se a gripe estava quase terminando, mas lembrei-me que um amigo da faculdade me deu uma fórmula, de um vírus que matava de forma dolorosa.

Então...

Eu coloquei aquela fórmula no copo de vinho dos meus pais, e desci com os copos pedindo desculpas. Eles claro aceitaram, e beberam. Um tempo depois começaram a morrer de forma excruciante.

Lembrei então que fugi para um hotel e dormi lá.

Agora tudo está claro, tudo que foi escondido na minha mente e que retornava em pequenos fragmentos, pequenas lembranças.

 Decidi não me entregar e aceitar meu destino porque sabia que aquele era o meu real futuro. Seguirei com a vida de criminosa, e assim finalizo meu diário sendo agora, a maior serial killer do Brasil.

 

Jéssica.

Um comentário:

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